quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Entidades se mobilizam em prol do Estado do Carajás

Representantes de sindicatos, associações e populares em geral demonstraram a vontade de vivenciar mudanças positivas

Representantes de sindicatos, associações e populares em geral demonstraram a vontade de vivenciar mudanças positivas.

O auditório da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Parauapebas (Acip), na manhã da última terça-feira (20) foi palco de uma importante reunião que contou com diretores das principais entidades do município. O objetivo do encontro é mostrar aos populares a importância da criação dos Estados do Carajás e Tapajós para as regiões que serão beneficiadas com mais investimentos nas áreas de educação, saúde, transporte e muito mais, além de iniciar uma comissão que terá como desafio arrecadar fundos para ajudar nas despesas da campanha e organizar a mesma em Parauapebas e região.

A reunião contou com a presença de diretores da Associação Comercial de Parauapebas (Acip), Câmara de Dirigentes Lojistas de Parauapebas (CDL), Sindicado dos Produtores Rurais de Parauapebas (Siproduz), União Geral dos Estudantes do Sul e Sudeste do Pará (Ugesp), representantes da imprensa e outras várias entidades.

Na oportunidade, o comunicador Raimundo Cabeludo, proprietário da Rádio Arara Azul FM, sugeriu que seja feita uma comissão para percorrer todos os municípios que farão parte do futuro Estado do Carajás, com o objetivo de mostrar aos moradores a importância da criação dos novos Estados. “Infelizmente muitas pessoas ainda não têm noção da grandeza desse projeto e dos vários benefícios que iremos conseguir através dele”, enfoca.

Oriovaldo Mateus, presidente da Acip, disse não medir esforços para que os novos estados sejam criados. “Moro aqui em Parauapebas a mais de 20 anos e sei bem o quanto sofremos com a ausência de governo. Essa chance que estamos tendo hoje de mudar o rumo de nossa história com a criação dos Estados do Carajás e Tapajós, talvez não teremos nunca mais. Essa é a hora de mostrarmos a nossa força e lutarmos por algo que nos trará vários benefícios”, destaca.

As comissões Pró-Estado de Carajás que foram criadas nos municípios incluídos no novo Estado, devem seguir os mesmos critérios de arrecadação de fundos das demais, já que para cada cidade foi estipulado um valor a ser arrecadado, pois as somatórias destes valores é que vão determinar o que se poderá gastar na campanha pelo plebiscito.

Parauapebas tem que colaborar com quase R$ 3 milhões, sendo que até agora o município não colaborou com nada, e por esse motivo as lideranças políticas e de associações organizadas estão se mobilizando para que o município saia do fim da fila no que se diz respeito a arrecadação.

AÇÕES

A comissão formada por lideranças de Parauapebas estabeleceu que vai realizar em breve alguns eventos que devem ser autorizados pela Justiça Eleitoral primeiramente. Entre os eventos, estão programadas um leilão a ser realizado pelo Sindicado dos Produtores Rurais de Parauapebas (Siproduz) e também uma carreata que deve mobilizar toda a cidade Parauapebas e região.

COMISSÕES

No evento realizado na Acip, ficou definido o nome das pessoas que irão fazer parte das comissões que terão a missão de organizar vários assuntos referentes ao plebiscito que vai decidir se será criado ou não os Estados do Carajás e Tapajós no dia 11 de dezembro. Confira os nomes sugeridos:

Coordenação Geral: Paulo Uchoa (assessor de comunicação), Euzébio Rodrigues (vereador), Oriovaldo Mateus (presidente da Acip), Daniel Lopes (presidente da CDL), Marcelo Catalão (presidente do Siproduz), Laércio de Castro (radialista), Flávio Veras (Ugesp), além de outras autoridades.

Comissão Política: Faisal Salmen (vereador), Valmir da Integral (empresário), Euzébio Rodrigues (presidente da Câmara), Bel Mesquita (Secretária de Nacional de Turismo), Raimundo Cabeludo (diretor da Arara Azul FM) e José Rinaldo (presidente do PSDB Parauapebas e vice-presidente da Acip).

Comissão de arrecadação: Darci Lermen (prefeito de Parauapebas), Oriovaldo Mateus (presidente da Acip), Marcelo Catalão (presidente do Siproduz), Lázaro de Deus Vieira (diretor do Siproduz) e um representante da Câmara Municipal que será nomeado em breve.

Planejamento estratégico: Paulo Uchoa (assessor de comunicação), Bariloche Silva (jornalista), Markesan (empresário), Faisal Salmen (vereador), Manoel Chaves (advogado), Marcos Rocha (líder comunitário) e Pastor Wilton.

Bariloche Teixeira da Silva

Um comentário:

Aline Alves disse...

Mais uma vez a elite de Parauapebas se reúne para discutir um assunto tão importante como esse. Espero que nessa reunião tenha sido deliberado debates para o povo e com o povo; esse debate sobre a criação dos dois novos estados (CaraJÁs e Tapajós), e na nossa região, principalmente o estado de CaraJÁs, deve ser extendido aos cidadãos, será que essa elite pensa que todos estão entendidos desse assunto? Será que essa elite pensa que sozinha criará o estado de CaraJÁs?

Geeeeente, esse debate tá fechado à salas frias, e este debate deve se desamarrar, quantas pessoas em nossa cidade estão em dúvidas, e quantas outras tantas nem sabem desse assunto…

Um dos motivos de crítica sobre esse assunto é isso aí, essa galera (a nata do município) senta numa sala fria e discute a criação do estado de CaraJÁs, e o povo? Os cidadãos do centro e dos bairros periféricos? A criação desses dois estados, é luta, e luta de todas as classes; sai daí gente, vem para o povo, chama o proletariado burguesia.
Eu sou a favor da emancipação de Tapajós e CaraJÁs, mas da forma que esse debate tá sendo levado, (falo especificamente sobre aqui em Parauapebas), não é nenhum pingo democrática e nem convincente, é como se isso fosse de total interesse das elites, e não é isso.

Temos de formar votos a favor mas com consciência, não votos alienados. Queremos esse estado para o bem de todos, e não para o bem de alguns.
Esse momento é histórico e decisivo, e seria mais ainda se todas as classes estivessem engajadas nessa luta, e não adianta dizer que a população é desinteressada que não é isso, pois esse tipo de evento só se escuta falar quando já aconteceu (isso acontece com outros eventos, a questão deve ser: quanto menos pessoas do povão, menos será as cobranças e os questionamentos).
Tem gente preocupada em ganhar espaço nesse processo (natural do ser humano), no entanto todas as classes deveriam estar incluídas nessa luta, eu digo incluídas diretamente, de forma efetiva, pois pelos bastidores da cidade tem muita gente na luta pelo SIM.
Esse é meu recado, sou a favor do SIM duas vezes, mas dá forma que este processo está sendo levado não é nada legal.