sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Na casa do gigante dos pés de barro: A Vale em Parauapebas

Reportargem de Julho de 2009  no  Site ecodebate
Os moradores das redondezas apelidaram a cidade de ‘Peba’, mais familiar e simples. Estamos no coração dos investimentos da Vale: o ferro de Carajás, o níquel do Vermelho, o cobre do Projeto 118 e as minas de Sossego (Canaã), Cristalino, Serra Pelada e Serra Leste (Curionópolis), Salobo no município de Marabá e o projeto da Serra Sul.
Um radialista da região descreve assim essas terras: “Rios de leite e ribanceiras de cuscuz”, aparentemente o novo Eldorado para centenas de milhares de migrantes. Mediamente 300mil pessoas por ano desembarcam pelo trem da Vale no município de ‘Peba’: são maranhenses, piauienses, goianos, em busca de trabalho e sorte.
“A cidade está imbuchando”, é a expressão na boca de muitos. Já existem em Parauapebas 40mil famílias sem casa, alojadas em ocupações, morros, áreas de preservação permanente e em outros locais impróprios para residir.
Prevê-se que em cinco anos a cidade chegue a ter um milhão e meio de habitantes, mas desde já falta saneamento básico e abastecimento de água. Marabá apresenta os mesmos problemas, multiplicados. E o minério, única fonte de renda da região, garante em Carajás os próximos 200 anos, mas nas outras minas um tempo bem menor (de 15 a 40 anos).
O povo comenta: “Estamos carregando uma bomba relógio debaixo de nossos pés”. Mais

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