Suprimida pelos acordos e conchavos, já não existe ideologia política. Tudo se resume a “oportunidades” e "projeto político".
Quando se vê, no caso de Parauapebas, um João Fontana, ex-PT, que já havia saído da antiga sigla para dar apoio à estratégia do próprio PT, indo para o PSDC , agora virando totalmente a mesa, indo parar sob as asas do PMDB, então chega a ser algo difícil de assimilar. Os dois partidos mais interessados neste fato político, que parece ter sido o de maior relevância este ano, aproximam-se do que realmente é PT e PMDB no âmbito nacional.
O anúncio (da rádio “Boca Pequena”) de que Bel e Darci caminham para unirem as mãos em 2010 recebe um carimbo de “maior probabilidade”, uma vez que se torna emblemático o fato de que a secretaria de maior orçamento do município ficará agora com o PMDB de Bel.
Não se questiona a fidelidade de Fontana ao PT e ao governo Darci Lermen, e vice-versa, por isso ainda não se sabe se o governo do PT está entrando na sala do PMDB, ou é o novo partido de Fontana que está entrando na cozinha do governo Darci.
O que fica escancarado é que a oposição na Câmara que o governo poderia sofrer por parte do PMDB, que foi o maior opositor da reeleição de Lermen, se já não existia, agora mesmo é que perdeu toda a razão de ser. Entra em campo um laço ainda mais evidente da Simbiose política parauapebense. A Simbiose começa quando as coligações se realizam e se efetivam na distribuição das secretarias.
O fato: Fontana no PMDB, bem ou mal, é um novelo de lã que ainda não se sabe as cores. Quem sabe após removermos algumas camadas? Estaria o vermelho do PT próximo de uma união eleitoral municipal com o azul e branco do PMDB? Depende do escalão superior no Pará? Da eleição majoritária para o governo do Estado? Acordos começam a ser costurados para a campanha de 2010. No entanto, a mudança de partido de Fontana pode estar, pouco a pouco, revelando uma surpresa para 2012.
Por enquanto, se as expectativas se tornarem reais e o PMDB se aliar ao PT no âmbito local já se pode imaginar qual será o discurso. Ele já anda bem visível nos comentários em blogs da região na questão Estado do Carajás, e se resume aos seguintes dizeres: “precisamos eleger representantes locais”. Nada mais “justo” do que “unir forças para lutar pelo bem comum da região de Carajás”.
É esperar para comprovar. 2010 logo vai virar história e 2012 anuncia novas caras na disputa.
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