Caro Companheiro...
não sei se voce terá condições de ler nossa mensagem... mas, espero que sim...
Devo lhe lembrar que sua fala, sua poesia, seu sonho, sua utopia é referencia para todos os nossos companheiros, principalmente, para os mais jovens...
Ser seu amigo é uma das coisas mais importantes e maravilhosas que minha vida me deu... e o nosso projeto do livro às quatro mãos será realizado, meu amigo Charles...
Qaundo voce estiver de volta entre nós comemoraremos com violão, poesia, música e nossa cachacinha de praxe...
volte logo meu amigo; seus amigos sentem a falta de sua palavra firme e doce, de seu verso forte e cheio de esperança...
volte logo meu amigo...
enquanto esperamos sua volta, queriamos deixar este pequeno verso pra acalentar suas noites que sei estão vazias sem presença física de quem lhe admira e gosta de voce:
Enganam-se os ditadores
Em seus sonhos medonhos
Perseguindo os sonhadores
Pensando que matam sonhos...
Fica com esta palavra, meu amigo Charles... sei que falo em nome de muitos...
Um comentário:
Nos últimos dias a “pauta de notícias eterna dos jornais locais” inclusive os blogs, de Parauapebas só da a tensão entre membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e os grandes fazendeiros. Os conflitos no campo colocam o Pará constantemente na mídia e na maioria das vezes o destaque é dado a situações que o evidencia como uma “terra sem lei”.
Sem Porteira estão as fazendas depredadas pelos MST, que acusa os próprios fazendeiros de terem efetuado a destruição das propriedades e colocado a culpa no movimento. Os latifundiários asseguram que enquanto puderem não permitirão que suas fazendas sejam invadidas pelo movimento. Depredação a propriedades, interdição de rodovias e ferrovias estão na pauta do movimento dos trabalhadores rurais que já não sabem onde e como atuar para conseguir que o Governo Federal cumpra a sua parte, a distribuição dessas extensas propriedades rurais, não cultivadas, que estão nas mãos de poucos fazendeiros.
Terra sem lei é a música composta pela Tribo de Leões, que diz, “[que] de cima eu vejo a terra; seu chão é o palco da fome e da guerra; e o mundo em total degradação; quanta destruição, tanta corrupção; e [o] povo pagando pra ver.”
E a mídia cai impiedosa, partidária, ávida por divulgar qualquer “pedacinho de notícia”, por que em termos de matéria, de investigação, a mídia local só destaca uma grande manchete sem jamais apurar os fatos profundamente, sem jamais fazer um cenário do que está acontecendo e jamais tocou no assunto reforma agrária no Brasil. Que espécie de produção jornalística é essa? Ah, já sei. É a produção daqueles que tem suas mãos molhadas pelo dinheiro público. Que sabem que tanto faz irem atrás da informação profunda ou não, vão receber a sua parte do bolo no final do mês. Por isso o descaso.
Este estado brasileiro, chamado PARÁ, precisa de uma intervenção já. Mas, de quem? A “juju” (Ana Júlia) é PT. Então, quem vai lá??? Dar uma dura nela? É menina presa em cela com 20 homens, são fazendas sendo invadidas e trabalhadores rurais sendo mortos, são assassinos sendo absolvidos pela morte dos trabalhadores rurais, é trabalho escravo nas fazendas. É gente que denuncia as atrocidades e sofre ameaças de morte. São passageiras estupradas nos ônibus da Transbrasiliana... Ficou banal, não ficou? O crime virou rotina no Pará. Quem lembra do assassinato da religiosa Dorothy Stang??? Onde fazendeiros disputam lotes à bala com posseiros, como nos tempos do faroeste??? Acho que o Pará caiu na “pauta eterna” do dia de caças às bruxas. Quem será a vítima da vez??? E HÁ QUEM FAÇA VERSINHOS.
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