O Governo Federal transferiu somente no ano passado ao município de Parauapebas um total de R$ 220 milhões, só da CFEM (Compensação financeira pela exploração mineral) foram R$ 124 milhões. O total dos recursos financeiros disponibilizados ao município ficou próximo dos R$ 400 milhões.
O Orçamento desse ano deve fechar 1/2 bilhão de reais, sem contar os convênios assinados com o PAC do saneamento R$ 45 milhões, projetos da Vale, projeto minha casa minha vida e o empréstimo de R$ 47 milhões (PL 031/09) que está na Câmara aguardando aprovação.
As noticia vinda das hostes governista não são nada auspiciosa, orçamento anual todo comprometido, uma divida que ultrapassa os R$ 110 milhões e os serviços públicos parados e sem nenhuma perspectiva de melhoria, pelo menos a médio prazo.
Não desanime, o ano só está começando, li agora pouco nos jornais que a Vale reajustou o preço do minério de ferro em mais de 100%.
Mais dinheiro no caixa. Quem sabe com os arrochos que o novo secretário de fazenda está fazendo, é possível que sobre alguns trocados, pelo menos para pagar algumas passagens ou cesta básicas, que até esses serviços estão suspensos.
Um comentário:
Inaceitável que o Ministério Público, tão criterioso aqui em Marabá, seja tão "cego" aí em Parauapebas. Nesta Cidade a postura do MP fere à cidadania, beira à omissão criminosa.
Que fez o MP frente à ponte que ruiu? Nada!
Que faz o MP frente à uma obra acabada, inaugurada com toda pompa pelo prefeito, que foi o prédio da prefeitura, mas que estranhamente permanece inutilizada, impondo aos cidadãos parauapebenses despesas desnecessárias com aluguéis e mais aluguéis? Respondo, o MP não fez e não faz nada!
Que fez o MP frente à obra do hospital? Nada!
Será que o MP quer que alguém represente, será que os membros do MP nunca viram "in loco" essas obras "estranhas" do prefeito DARCI? Ponte que cai, prefeitura inaugurada que não funciona, hospital que não termina. O MP de Parauapebas não é FISCAL DA LEI? Não se vê como instrumento da cidadania? Será?
E quanto aos sinais ostensivos de riqueza de alguns secretários municipais, uma afronta ao povo parauapebense, mas que estranhamente o MP nada vê.
Que diremos de questões menos óbvia, como a utilização dos recursos da CFEM (royalties), será que o MP já se deu conta, já teve a curiosidade de verificar as peças orçamentárias do município para observar a regular ou irregular aplicaçãos destes recursos, que no ano passado beiraram os 130 milhões, será?
Quando o MP atua, a cidadania graceja, basta vermos a Ação Civil Pública que o Ministério Público do Trabalho, em Parauapebas, moveu contra a VALE S.A., que resultou em vultosa multa a esta empresa, resgatando direitos que ela, a VALE, insistia em negar aos seus empregados, que ela cinicamente, chama de colaboradores.
A inércia do MP em Parauapebas é uma afronta à Constituição de 1988, contituindo tal postura dos membros do MP local, talvez, na raiz de todos os males e desacertos que vemos em Parauapebas?
Inaceitável que o MP de Parauapebas não sirva pra nada, não faça nada.
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