Escolas da rede pública recebem o ‘Mais Educação’

Carlos Henrique, Eunice Moreira e Carlos Drummond. Essas são as escolas selecionadas para participar do Programa Mais Educação, uma iniciativa do Governo Federal, por meio do Ministério da Educação (MEC), cujo objetivo é diversificar o aprendizado na escola e fomentar atividades que melhorem o ambiente escolar.

A execução do programa fica a cargo da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) em parceria com a de Educação Básica (SEB), ambas do MEC, e com as secretarias estaduais e municipais de Educação.

O Mais Educação tem como base estudos desenvolvidos pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e faz uso dos resultados da Prova Brasil de 2005. São considerados, também, o Índice de Efeito Escola (IEE), uma espécie de indicador da representatividade que os estabelecimentos de ensinos podem ter na vida e no aprendizado do estudante. Os dados do impacto do IEE são cruzados com informações socioeconômicas do município no qual a escola esteja localizada.

De acordo com a diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental Carlos Henrique, Claudení Passos, o programa vai funcionar por meio da implementação de oficinas. “Em nossa escola, estamos implantando oficinas de rádio, vídeo, dança, letramento, hip hop e grafite”. A educadora ressalta que a implementação de atividades diversificadas no ambiente escolar torna o ato de aprender mais interessante e divertido.

Monitores e Parceiros

Para a concretização das oficinas, é necessária a parceria com a sociedade, uma vez que as atividades são específicas. “Nós conseguimos parceria com a TV Record, para a oficina de vídeo; com a Arara Azul, para a oficina de rádio; com o FAM (Associação Beneficente Fazendo um Amanhã Melhor); e até com ex-alunos da escola”, divulga Claudení.

Quatro estudantes da Carlos Henrique estão sendo capacitados na oficina de vídeo, e três, na de rádio. “Esses alunos estão estagiando na Record e na Arara Azul. Quando findar o estágio, eles vão repassar o conhecimento adquirido aos colegas, a partir da monitoria”, explica.

O professor de dança do FAM, Wesley Alves, analisa ser fundamental a participação da sociedade civil no projeto pedagógico da escola, uma vez que sairão da escola, segundo ele, os profissionais que vão dirigir a sociedade do amanhã. “A escola tem papel fundamental na formação de nossos jovens. Daí, a importância de serem trabalhados projetos diferenciados”.

No entendimento da jornalista Adriany Santos, contribuir para a formação da juventude é dever de todos. “Cada um deve fazer a sua parte, quer seja na escola, quer seja na família, quer seja na sociedade”. A jornalista, que dará suporte teórico à oficina de vídeo, lembra que só será construída uma sociedade melhor se todos trabalharem em conjunto para essa finalidade.

Texto e foto: Rosiere Morais

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