PT: entre nomes e projetos

Por Leônidas Mendes Filho

“(...) Sou convicto de que não é o debate empecilho da ação!

O que impede a ação é a ignorância, é a falta de esclarecimento

Pelo debate! (...).”

(Péricles, governante ateniense, séc. IV a.C.)

Começo lembrando que não é a primeira vez que inicio um texto recorrendo a Péricles, quando, em 431 a.C., discursou convocando aos cidadãos atenienses para a Guerra do Peloponeso, contra Esparta, que findou com a derrota e destruição de Atenas, em 404 a.C.

Justifico. Sempre recorro a este ensinamento quando me ponho a refletir sobre os rumos do PT e do pensamento de esquerda no mundo, na América Latina e no Brasil; e, agora, mais particularmente, no Pará e em Parauapebas, onde, e sinto dizer, “nomes” nunca foram problemas; mas, sim, uma clara ausência de “projeto político”: o que falta ao Partido dos Trabalhadores, no Pará, como um todo, e em Parauapebas, em especial, não são “nomes”: os temos e, ouso afirmar, em quantidade e qualidade para quaisquer disputas eleitorais, inclusive o seu, Wanterlor.

Entretanto, se entendo que o PT de Parauapebas possui bons, e qualificados, “nomes” para a disputa eleitoral vindoura (eleições municipais 2012), não posso deixar de refletir sobre o “projeto político” que teria e, óbvio, o “tal nome” deverá (deveria) apresentar, propor e defender junto à sociedade parauapebense; este eu não vejo, não sei se por obtusidade de minha visão míope ou se por conta dos limites de minha racionalidade, formada em outras plagas, sobre outras condições e estímulos.