No dia mundial da água, 22 de março, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), nas atividades educativas da 15ª Semana da Árvore, realizou palestra sobre os “Impactos sobre os recursos hídricos” no auditório do CEUP. O tema foi tratado pelo biólogo Reginaldo de Jesus, que falou a universitários, estudantes de escolas técnicas e de ensino fundamental. O objetivo foi promover a discussão acerca do assunto entre os participantes.
De acordo com o palestrante a mineração, o desmatamento, a exploração de petróleo e outras atividades econômicas são de certo danosas, porém a ocupação desordenada e a implantação de atividades potencialmente degradadoras e/ou poluidoras, bem como o lançamento de resíduos e esgoto nos rios, e aterros irregulares são os principais responsáveis pelos impactos sobre os mananciais de águas.
“É preciso que a comunidade adote comportamentos de valorização dos recursos hídricos, como construir fossas filtro e sumidouro, dar o destino certo ao lixo, não efetuar nenhum tipo de construção e aterro sem a devida licença ambiental. Atitudes simples, mas que fazem diferença”, disse o biólogo.
Segundo o Coordenador do Centro de Educação Ambiental de Parauapebas (CEAP), José Orlando Vieira, no passado, desmatar era sinônimo de progresso em nossa região. No entanto, hoje, preservação ambiental é tema de discussão no mundo inteiro, onde cada pessoa tem que se sentir responsável pelo meio ambiente.
Desmatamento e aquecimento global
Para chamar a atenção da comunidade sobre os efeitos do desmatamento, a Semma realizou, no dia 21, a palestra Efeitos do desmatamento da floresta amazônica no aquecimento global.
Ministrada pelo Dr. Leandro Valle Ferreira, biólogo pesquisador do museu paraense Emílio Goeldi, a palestra reuniu autoridades locais e centenas de estudantes, que puderam tirar dúvidas sobre esse assunto que é pauta do mundo todo.
De acordo o biólogo, o Estado do Pará, em 2009, foi o principal responsável pelo desmatamento da Amazônia Legal, seguido dos estados de Mato Grosso, Maranhão e Rondônia. Segundo ele, a extração ilegal de madeira, pecuária extensiva, agricultura mecanizada, mineração e barragens/hidrovias são as principais causas do desmatamento da Amazônia e as conseqüências são várias: aquecimento global, perda da biodiversidade, erosão e empobrecimento dos solos e, além disso, o desmatamento provoca enchente e assoreamento dos rios.
Segundo o Dr. Leando, o Ordenamento Territorial através do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) tem sido uma das propostas do Governo brasileiro para subsidiar as decisões de planejamento socioambiental e desenvolvimento econômico em bases sustentáveis para o Brasil.
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