E-mail enviado pelo presidente municipal do PPS Cláudio Feitosa:
Caro Wanterlor,
Outrora, o DNPM era uma espécie de apêndice dos interesses das mineradoras. Bastou o departamento se comportar de maneira independente e técnica para ser acusado de partidarização e coisas do gênero.
As mineradoras (leia-se Vale) precisam incorporar um fato inquestionável: elas tem o direito de lavra de um bem da União, ou seja, do povo brasileiro. Um bem finito e que deveria estar fundamentalmente a serviço do desenvolvimento da indústria nacional e não apenas para gerar saldos na balança comercial, um dado que não diz muita coisa em termos de políticas econômicas.
É hora de integrar a Vale ao estratégico projeto de incrementação industrial, não só fornecendo minério de qualidade e com custos competitivos, mas ajudando, com a CSN, p.e., a fortalecer nosso parque
siderúrgico e metal-mecânico.
Temos minério, vamos exportar trilhos, navios, chapas especiais para indústria aeronáutica ...Voltamos a ser a sétima economia mundial. Neste posto já estivemos.
Deixamos de sê-lo no início dos anos 80, por conta dos desarranjos da "década perdida", que se perdeu exatamente porque não tínhamos bases sólidas na economia real, porque estávamos desprovidos de políticas industriais e de ciência e tecnologia.
Nos oito anos de governo Lula essas bases começaram a ser construídas,
inclusive no DNPM, que voltou a investir em pesquisas – coisa inexistente por mais de 20 anos de gestão submissa e politicamente comprometida.
Nas notícias que vemos sobre mudanças na Vale há muito de notas plantadas e interesses impublicáveis, mas uma coisa é certa: não lembro de outro momento tão frutífero para debater a função estratégica da mineração no país.
Um abraço,
Cláudio Feitosa
Presidente PPS Parauapebas
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