quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A EDUCAÇÃO E A FALTA DE EDUCAÇÃO DOS GESTORES MUNICIPAIS

* Por Raimundo Moura

É inadmissível o que o Governo Cidadão vem tentando fazer com os educadores. Ao mesmo tempo que é obrigado a sentar com a categoria e negociar uma pauta de benefícios que é de fundamental importância para melhoria da qualidade do ensino público municipal, tenta agora criar um clima de terror entre os l da educação quando autoriza colocar faltas nas lideranças de frente do movimento do SINTEPP - Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará, colocando em risco o calendário letivo de 2010, visto que ignora os oito dias de paralisação das aulas neste segundo semestre que somando com os doze dias do primeiro semestre dá um total de 20 dias para ser recompensados aos alunos. Numa clara demonstração de menosprezo pelas lutas históricas da categoria que é a licença maternidade de seis meses para mulheres, volta da licença prêmio para todos os servidores municipais, melhoria da merenda escolar, novo Plano de Cargos e Salários para os profissionais da educação, ingresso e dos servidores da educação através de concurso público, inclusive para o cargo de coordenador pedagógico, dentre outros pontos que são de extrema relevância pública para garantir uma educação pública, democrática e de qualidade social, ele tenta,ainda, dividir a categoria e jogá-la contra o SINTEPP que é um sindicato combativo, de onde eles saíram, antes de ser governo e que hoje procura destruí-lo, utilizando-se de medidas tiranas e antidemocráticas, ferindo assim os direitos legítimos e livre de organização dos trabalhadores em educação pública.
É incoerência do governo orientar alguns educadores a assinarem a folha de ponto e para outros colocar faltas, visto que mais de 75% das escolas estavam com suas atividades paradas, onde a maioria de seus professores não estavam sequer cumprindo horário nas escolas. Isso o SINTEPP pode provar, pois em todas as nossas manifestações registramos frequência dos educadores. Até que ponto o governo do PT vair chegar? Como se não bastasse ter enganado a
população com as falsas obras que nunca chegaram, agora tenta prejudicar financeira e moralmente uma categoria que já está a tempo desvalorizada por
falta de políticas decentes dos gestores públicos. O assédio moral que é um crime grave, continua a existir nas escolas e a Secretaria Municipal de Educação
continua fazendo de conta que desconhece esse fato.
Os educadores de Parauapebas não podem aceitar tamanha barbaridade. É hora de agir e denunciar os desmandos na educação pública. A Prefeitura Municipal de Parauapebas não pode agir de forma irresponsável com um serviço essencial que é a educação. Cobramos do senhor Prefeito o retorno das folhas de pontos para as escolas e que a devida correção seja feita pois os estudantes não podem ficar com seu ano letivo prejudicado.
Solicitamos ainda, em nome da categoria, que o Ministério Público, a Câmara Municipal de Parauapebas e o Conselho Municipal de Educação tomem providências com relação a esta situação, pois é um crime contra a LDB tentar fraudar o calendário letivo. Os pais dos estudantes precisam ficar atentos com esta situação, pois o que está em jogo nessa briga é a garantia dos 200 dias letivos de mais de 35 mil estudantes. Será que com esta situação, de tentar desmoralizar o SINTEPP e os educadores que aderiram a paralisação, o governo não só via piorar os ânimos e provocar uma outra greve da categoria? O momento é delicado e as autoridades competentes
precisam agir com racionalidade e bom senso.
A luta só está começando camaradas!
* Raimundo Moura,
Membro da Comissão de Negociação do SINTEPP.

5 comentários:

Anônimo disse...

Boa meu amigo, pois tambem aderi a esta luta meu ponto foi cortado.quando fui peir explicaçoes ao diretor da esc. a qual trabalho o mesmo disse que era uma orientaçao do nosso secretario de educaçao. ja pensou o mesmo que dias atas estava exibindo a palma de ouro e dando entrevista na TV. Isso é que é apoio a uma educaçao de qualidade...

Anônimo disse...

As denúncias do Raimundo devem ser apuradas, são gravíssimas. Além de telhas vão roubar "dias letivos".

Anônimo disse...

RM olha nós outra vez meu caro, primeiro quero fazer uma correção quanto sua argumentação cerca da greve dos professores, essa mesmo de começa já estava fadada ao fracasso. A adesão ao movimento foi baixíssima, muitos servidores continuam comparecendo, normalmente, às unidades de trabalho. Poucos foram à rua nas caminhadas e assembléias, protestar ou decidi. A maioria preferiu, mesmo, ficar em casa descansando, ou, então, realizando alguma tarefa doméstica, ficando assim alheio as divergências internas do SINTEPP. O governo Cidadão, por sua vez, não arrendou um milímetro em suas convicções. Em vez de ceder às pressões da categoria, anunciou e acionou a justiça. Foi um balde de água fria nas pretensões do SINTEPP e do funcionalismo. Caro RM, o que se tem visto, no entanto, não deve ter agradado aos líderes do movimento. Não pense que a iminente frustração da paralisação decorre da satisfação dos servidores com suas atuais condições salariais e de trabalho. Na verdade, o que parece estar acontecendo ainda carece de análise serena e criteriosa e não textos sem fundamentação e sem conteúdo, minha pergunta é você é professor de que mesmo o só é agitador sindical? Não quero, aqui, contestar a legitimidade da paralisação. A final, a greve é um instrumento de negociação laboração, essencial à vida democrática. Ganhar o suficiente para sua manutenção e de sua família é um direito de todo trabalhador, seja ele servidor público ou não. Entretanto, o exercício do direito de greve não pode significar um atentando às condições existências da sociedade. Há vocês acabarão a paralisação de maneira desastrosa, rachados internamente e sem maiores conquistas e, sem fala no transtorno causado aos alunos, pais e comunidade em geral. Creio que vai demora haver outra em?

Damilson

Anônimo disse...

Caro RM, o problema de uma greve em atividade essencial é que os seus efeitos ultrapassam os sujeitos que negociam e atingem também os cidadãos, que são titulares de direitos fundamentais (Educação), cuja satisfação ou exercício estão diretamente ligados ao funcionamento regular desse serviço essencial.Isso implica em garantia ao funcionamento mínimo das atividades de educação durante a greve, isso resulta de uma relação de solidariedade com os demais membros da comunidade (no nosso caso os pais dos alunos), que também são, em sua maioria, trabalhadores. Por isso os grevistas devem se utilizar de especial cautela, pois a paralisação pode ser sentida por diferentes categorias profissionais, correndo o risco de provocar um sentimento de reprovação social e o isolamento do movimento e do SINTEPP, em um efeito bumerangue meu caro MR.

Damilson

Anônimo disse...

Meu amigo Raimundo Moura, dessa vez tenho que discordar de você. O SINTEPP virou um ninho de lastimação, onde os piores profissionais se apossaram do sindicato e tentam a qualquer custo fazer política adestrados pelo MST. Os discursos nas ruas e nas assembléias era uma vergonha. Não parecia movimento de professores, e sim um bando de malfeitores e analfabetos. "Nós vai continuar nessa luta até o fim companheiros..." Assim fica difícil. Vocês perderam a grande chance de colocar o governo municipal na roda. O momento não poderia ser melhor. E o que vocês fizeral? Se aliaram a laia do psdb e agiram como um bando de inconsequentes. Atiçaram a categoria e não tiveram peito nem inteligencia para segurar a peteca. Agora ficar reclamando de faltas! Tenha dignidade. Afinal vocês estavam de greve ou de férias? Sindicalista de verdade faz greve sabendo que o patrão não vai lhe pagar: esse é o modelo de sindicato pelego. Agora como professora filiada vou pedir uma investigação sobre a nossa verba que é descontada no nosso contra-cheque, pois o que se vê e a galera da direção fazendo farra e ainda dizem que não tem dinheiro para pagar um advogado. Veja o que vocês fizeram na festa do trabalhador em maio: bancaram cerveja e cachaça com o nosso dinheiro e no final fizeram aquele papelão lembra? A festa acabou em baixaria com pancadaria e vandalhismo entre a própria direção do sindicato. Ísso é vergonhoso para nós.
Professora indignada.