No Blog do Miranda Sá
Hoje, a História registra que há 54 anos Getúlio Vargas foi levado ao suicídio pelos inimigos externos e internos do Brasil. Esta data se confunde com a trajetória do Trabalhismo, na saga percorrida por João Goulart, derrubado da Presidência da República, e por Leonel Brizola, perseguido até a morte por seu patriotismo.
Hoje não é só a direita aliada ao imperialismo norte-americano que combate às idéias de Getúlio, consubstanciadas no Trabalhismo – que Darcy Ribeiro chamou de “socialismo moreno”; também a falsa esquerda lulista, baseada no peleguismo, segue à risca o projeto neoliberal de “enterrar a Era Vargas”.
Num brilhante artigo, o jornalista Pedro Porfírio denuncia a “sistematização sibilina” proposta pelo neoliberalismo para deletar da memória brasileira os feitos de Vargas e do Trabalhismo. Que começou com Fernando Henrique Cardoso.
Esta conjura contra a verdade histórica cresce agora como massa fermentada de fazer bolo. Os confeiteiros atuais são os mesmos adoradores do Deus Mercado que antes denunciavam os traidores da Pátria, e hoje investem contra os direitos proclamados na legislação trabalhista.
Já assistimos esta ação nefasta comandada por Lula da Silva na reforma da Previdência Social e também com a garantia dada à remessa de lucros por empresas transnacionais, espoliando o fruto do trabalho do país.
A traição se volta também contra a Petrobras, cuja finalidade é desviada pelos aparelhados do lulismo-petismo e os seus lucros sugados no ralo da corrupção. A proposta de uma nova “empresa estatal” para exploração do petróleo é uma medida que visa o enfraquecimento do ícone do puro nacionalismo brasileiro.
Em nome dos “trabalhadores” os pelegos, que chegaram ao poder por um estelionato eleitoral, cumprem a tarefa dos inimigos da nacionalidade iniciada em 1955, com o golpe lacerdista apoiado pela embaixada americana contra a posse de Juscelino e João Goulart.
Depois, tramou-se o impedimento da posse de Jango em 1961, e finalmente, quando se tentou fazer dos governos militares um instrumento do imperialismo. A História resistiu a tudo isso e não será agora, na mediocridade populista de Lula da Silva, que será apagada.
Para gravar a fogo a idéia mãe de Getúlio Vargas e do Trabalhismo, temos a Carta Testamento de Vargas, espalhada por todo país pelos tambores do patriotismo logo após seu suicídio, ocorrido por volta das oito horas da manhã de 24 de agosto de 1954.
Este legado contém os princípios do Trabalhismo e é indelével. Os traidores, dentro e fora do movimento trabalhista não têm moral para negar a verdade contida nos princípios que a Carta expõe e que traz uma assinatura de sangue na sua conclusão: “Eu vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História.”.
A denúncia da Carta Testamento é direta quando traz:
“A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios”.
“Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero”.
“Não querem que o trabalhador seja livre. Não querem que o povo seja independente. Mas este povo de quem fui escravo não será mais escravo de ninguém!”.
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