As conversas da Vale com os EUA sobre a China
Segundo documento, Agnelli disse que governo chinês estaria à frente dos norte-americanos na “batalha por acesso às commodities”
Por Anselmo Massad, especial para a Pública
Os chineses são “desajeitados”, querem controlar a matéria-prima mineral da América do Sul e ameaçam o dólar. As três definições são atribuídas a executivos da Vale segundo três telegramas da estrutura diplomática dos EUA no Brasil, vazados pelo Wikileaks. Três diretores mais o então presidente da empresa, Roger Agnelli, tiveram audiências, de acordo com os documentos.
Na última semana, a multinacional brasileira do setor de mineiração negou “veementemente” o conteúdo de um outro telegrama, rechaçando a possibilidade de que Guilherme Cavalcanti, que ocupava a diretoria de Finanças Corporativas da empresa – hoje é diretor de Finanças e Relações com Investidores – tenha participado de reunião com diplomatas em outubro de 2009.
Os novos vazamentos são anteriores. O mais antigo data de 26 de maio de 2006. Do lado do governo dos EUA estavam o assessor econômico do consulado, o encarregado de negócios e o cônsul-geral, Edmund Atkins. Pela Vale, consta menção ao então diretor de Relações Internacionais da Vale, Renato Amorim (atualmente sócio da consultoria Carnegie Hill). O colóquio teria tratado da preocupação estadunidense acerca da influência de petrodólares venezuelanos na América Latina e sobre a ascendência da China na região.LEIA MAIS
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