A Vale gasta no ano cerca de 179 milhões em publicidade. Parte de suas peças sempre enfatiza a preocupação da multinacional com as comunidades onde está presente. No entanto, ao longo do corredor de Carajás, não é bem isso que vem ocorrendo. Sentado debaixo de uma sombra generosa, proporcionada por uma grande jaqueira, o senhor Vicente sente o banco trepidar...
...com a presença do trem, que passa a menos de 300 metros de sua casa várias vezes ao dia e a noite.“Nunca vi a comunidade receber nada da Vale em todo esse tempo, eu principalmente nada recebi e não vi nenhum desses programas de comunidade que ela fala aí que tem”.
Senhor Vicente é morador do assentamento Novo Oriente, estabelecido em 1984, no município de Açailândia, onde aproximadamente moram 60 famílias. Hoje ele tira seu sustento das poucas cabeças de gado que possui e da produção ilegal de carvão. “Nós desde que chegamos aqui não tivemos auxilio de financiamento para lavoura, que é da onde a maioria das famílias vive”.
Sobre a expansão da estrada de ferro de Carajás, embora já tenha homens da empresa Odebrecht trabalhando dentro da comunidade, ele diz nada saber sobre o projeto, “olha fizeram reunião, mas eu nem fui convidado, nem sei o que vai acontecer”. Mais
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