Levantamento feito pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) sobre a violência no campo no Brasil aponta que cerca de 8% dos casos de assassinatos ocorridos desde 1985 devido a conflitos agrários foram julgados pelo menos em primeira instância até abril deste ano.
A reportagem é de Dennis Barbosa e Eduardo Carvalho e publicado pelo G1, 24-06-2011.
Os 1.186 casos monitorados pela organização, com 1.580 vítimas, resultaram em 94 condenações pelo menos de primeira instância até abril, sendo 21 de réus acusados de serem os mandantes e 73 de serem os executores dos homicídios. Os casos são contabilizados com base em informações de fontes diversas obtidas pela CPT, como relatos e notas da imprensa. Muitas das mortes, como explica o secretário da coordenação nacional da CPT, Antônio Canuto, sequer resultaram em inquéritos.
A maioria dos casos - 641 - está nos estados da Amazônia Legal, com destaque para o Pará, que responde por 408 deles, com 621 mortes. E a estatística sequer inclui as ocorrências mais recentes, que ainda estão em investigação, como o assassinato dos extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, mortos em uma “tocaia” numa estrada na zona rural de Nova Ipixuna (PA), em 24 de maio.
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