Dividido e sob o discurso de que a prioridade é a candidatura à Presidência de Dilma Rousseff, o PT nacional decidiu na tarde desta sexta-feira apoiar a candidatura de Roseana Sarney (PMDB) no Maranhão, anulando decisão do partido no Estado de integrar a chapa de Flávio Dino (PC do B).
Por 43 votos a 30, o Diretório Nacional do PT acabou cedendo à pressão do presidente Lula, que tem a família Sarney como aliada em Brasília.
A votação aconteceu depois de quase quatro horas de debate. Em entrevista pouco antes do resultado, o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) resumiu o argumento da ala vencedora.
"Estamos preocupados é com a chance de Dilma [Rousseff] colocar 2 a 3 milhões [de votos] de frente no Maranhão. A melhor forma é ter um palanque que assuma integralmente a candidatura de Dilma, que é o palanque da Roseana."
Lula já havia pedido ao PC do B a retirada da candidatura de Dino, mas não foi atendido. No Estado, Roseana terá também como adversário o ex-governador Jackson Lago (PDT).
Pouco antes, o Diretório havia decidido por 44 votos a 30, mais uma abstenção, revogar a decisão da seção maranhense de apoiar Dino.
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Roseana terá apoio do PT maranhense
O encontro de tática eleitoral realizado em março no Maranhão foi anulado pela cúpula nacional do partido.
O encontro de tática eleitoral realizado em março no Maranhão foi anulado pela cúpula nacional do partido.
Agenor Barbosa
O secretário nacional de comunicação do PT, deputado federal André Vargas (PR), informou, no início da tarde desta sexta-feira, que o partido coligará com o PMDB no Maranhão. O Diretório Nacional decidiu em favor do apoio à pré-candidatura de Roseana Sarney (PMDB) por 43 a 30 votos.
Com este resultado, o deputado federal Domingos Dutra (PT-MA) deve iniciar a greve de fomeque havia prometido realizar, caso o partido optasse pelo apoio a atual governadora do estado.
Os membros do diretório estavam reunidos na sede em Brasília desde às 9h30. Antes de decidir pelo apoio a Roseana, os petistas anularam o encontro de tática eleitoral realizado em março, no Maranhão, no qual o comunista Flávio Dino saiu vitorioso com dois votos de diferença.
André Vargas informou que os motivos para a anulação do encontro e apoio ao PMDB são os mesmos. “Favorecer o palanque nacional de Dilma”, disse. Antes da cúpula do partido bater o martelo, a presidenciável Dilma Rousseff fez uma visita à sede. Ela frisou que o fortalecimento da bancada petista e base aliada no Congresso Nacional é tão importante quanto a eleição à presidência.
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