segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Só paraense pra entender mesmo.

No Blog do Edmilson

Um dia eu tava buiado, pensei em ir lá em baixo comprar uns tamatá.
Tava numa murrinha, mas criei coragem, peguei o sacrabala e fui.
Chequei tarde, só tinha peixe dispré.
O maninho que estava vendendo tinha uma teba duma orelha do tamanho dum bonde.
O gala-seca espirrou em cima do tamatá do aru que tinha acabado de comprá.
Ficou tudo cheio de bustela...Axiiiiiii, porcaria! Não é potoca, não.
O dono do tamatá muquiou o orelha-de-nós-todos, mas malinou mesmo.
Saí dalí e fui comer uma unha. Escolhi uma porruda!
Égua, quase levei o farelo depois. Me deu um piriri.
Também...perece leso, comprar unha no veropa.
Comprei uns mixilhão, um cupu e um pirarucu, muito fiiiiiirme, mas pitiú paca.
Fui pra parada esperar o busão. Lá tinha duas pipira varejeira fazendo graça.
Eu pensei logo ...ÊEEEE, ela já quer... Mas, veio um Paar-Ceasa sequinho e elas entraram...
Fiquei na roça, levei o farelo. O sacrabala veio cheio e ainda caiu um toró.
Égua-muleki-tédoidé, pense num bonde lotado.
Eu disse: éguaaaaaaaa, vô mimbora logo.
No sacrabala lotado, com o vidro fechado por causa da chuva, começa aquele calor muito palha.
Uma velha estava quase despombalecendo.
Daí o velho que tava com ela gritava "arreda aí menino pra senhora sentar aí do teu lado".
O menino falou: "Humm, tá, cheiroso...!". Eu me abri!!!
De Cris Autran

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