quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Uma história muito mal contada

Por Rogério Christofoletti Observatório da Imprensa

Um episódio envolvendo jornalista, advogado e um ex-atleta acusado de homicídio passou quase despercebido na semana passada, não fosse um zum-zum-zum em parte da internet brasileira. Jorge Kajuru teria desistido de veicular uma entrevista feita com o ex-goleiro Bruno, acusado da morte de Elisa Samúdio. Inédita e exclusiva, a gravação dataria de dezembro de 2010 e seria, segundo o colunista do UOL Ricardo Feltrin, “o furo policial do ano“.

Aconselhado por amigos, Kajuru decidiu não mais trazer a público a entrevista, para não “manchar“ seus 35 anos de carreira: “Muito menos entrevistar gente que o povo já execrou, condenou e principalmente colocar no ar, alguém orientado pelo seu advogado, para negar tudo e não confessar uma só palavra, nem trazer a menor revelação relevante”.

O material com a conversa com o ex-goleiro do Flamengo, preso desde julho de 2010 em Contagem (MG), estaria em posse da Band, mas chegou-se a informar que o SBT veicularia a entrevista. Assim que Feltrin anunciou o “furo”, Kajuru teria recebido uma saraivada de críticas por retornar ao caso e alardear a façanha de convencer Bruno a falar pela primeira vez sobre o desaparecimento de Elisa Samúdio desde sua prisão. Um outro ingrediente aumentou ainda mais a temperatura: haveria um acordo de R$ 150 mil entre o jornalista e o advogado Ercio Quaresma para permitir a veiculação da entrevista. Continua

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