Escrito por: CNTE
No dia 26 de outubro, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e suas 43 entidades filiadas em todo o Brasil irão fazer uma mobilização que promete reunir cerca de dez mil pessoas no Planalto Central. É a 5ª Marcha Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, que nesta edição pede 10 mil pelos 10% do PIB para a Educação. O Brasil investe, hoje, cerca de 5% do PIB no setor.
Para a CNTE, não há dúvidas de que o direito à educação depende de mais recursos financeiros e de sua melhor aplicação. A meta de investimento de 10% do PIB visa tirar o atraso no qual a educação pública brasileira se encontra. Atualmente, é notório o quanto os educadores estão desestimulados devido à baixa remuneração e à estrutura precária das escolas.
Um comentário:
A marcha pela educação é uma demonstração inequívoca de que os educadores e a sociedade civil precisam estar unidos para que as futuras gerações tenham uma formação cidadã de qualidade.
É importante lembrar que a marcha não é apenas por melhoria de salários e infra-estrutura tecnológica e de rede física das escolas, é, principalmente, pela melhoria da qualidade na formação do professor, do gestor e técnico da área de educação.
O Brasil desperdiça milhões de reais por má gestão dos recursos da educação, seja pela inadequada aplicação, seja por desvio dos recursos para outros fins, etc. Tenho clareza de que, mesmo entendendo que as funções de gestão e/ou técnicas gerenciais da educação sejam "funções de confiança", portanto, políticas, há necessidade de formação técnica específica para essas funções. Caso contrário a educação vira cabide de emprego, quando não, "curral eleitoral". A meu ver essa é uma das limitações que impedem o avanço na qualidade da educação em nosso País.
Por outro lado, é necessário que os futuros professores tenham um período de estágio realmente, ou seja, que eles, após a formação acadêmica fiquem no serviço público um período de pelo menos um ano para aprender realmente a exercer o magistério - em Cingapura esse período é de 2 anos e recebendo uma bolsa com valor equivalente ao de um engenheiro lá em nesse "pequeno" País da Ásia. Para constatar isso é só verificar quais são os índices alcançados pelos estudantes nas avaliações...
Como se percebe a "marcha" tem muito que caminhar para sairmos do "3º mundo" em termos de educação.
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