quinta-feira, 22 de março de 2012

Entrevista Vereador Adelson Fernandes

Entrevista publicada na Revista Olhares Edição 007 Fevereiro/março 2012

Adelson

Olhares - Em 2012 finaliza seu segundo mandato como vereador em Parauapebas. O Adelson Fernandes de hoje está melhor do que o jovem Adelson de 2004 em quais sentidos?

Adelson - Em muitos sentidos, na questão da maturidade e experiência. Hoje sem dúvida, estou muito mais preparado e equilibrado do que quando comecei. Ao longo do tempo tenho aprendido muito e com certeza hoje, pelo que eu adquiri e absorvi, me coloco em uma posição de destaque dentro do cenário político. Agora sou um político que tem conhecimento de causa, experiência, e com isso o desenvolvimento do mandato e da campanha fica mais fácil.

Olhares - Então você se considera um político mais maduro e pronto para qualquer batalha?

Adelson - Prontíssimo. Estou pronto para qualquer batalha na questão eleitoral. Hoje tenho vários fatores que me favorecem em uma campanha. Um deles é o fato de ser conhecido, de as pessoas saberem quem é o Adelson e conhecerem o meu perfil, do que o Adelson é capaz e do que ele não é capaz. Esse conhecimento, essa intimidade que o povo tem com a minha pessoa vai facilitar bastante a minha campanha. Moro neste município há 27 anos. Aqui está a minha história, minha família e tudo o que eu tenho. Nesses mandatos eu mostrei com clareza qual o meu perfil de trabalho, a forma de atender as demandas da população e do município com seriedade, comprometimento e respeito, e isso eu tenho feito com muita determinação.

Qual foi a maior lição que você aprendeu em todo esse tempo?

Isso aqui foi uma escola muito grande, eu tive inúmeras experiências que eu não teria tido em nenhum outro lugar na minha vida. E uma lição grandiosa que eu tiro é que independente do local onde uma pessoa esteja dificilmente ela vai atingir a totalidade daquilo que planejava, mas quando você consegue fazer algo por esse ideal, mesmo que não seja tudo aquilo que você queria fazer, já é alguma coisa. Então, hoje eu tenho a convicção de que eu não consegui fazer tudo o que eu havia idealizado, tudo o que eu tinha pensado, mas eu consegui fazer alguma coisa em prol deste ideal. E essa alguma coisa com certeza foi significante, foi importante e a partir de agora isso que foi realizado vai continuar sendo executado, sendo feito ou por mim ou por outras pessoas que virão ocupar o meu lugar.

Dentre as suas ações qual ou quais que na sua avaliação poderia ter sido feita ou saído melhor?

Uma das coisas que eu lutei muito e defendi com muita convicção foi a qualificação profissional. Essa qualificação é extremamente importante para o nosso município e nós temos essa carência. A Vale e outras empresas precisam de profissionais qualificados e elas têm dificuldade para localizar essa mão de obra. Desde que eu entrei na Câmara eu levantei com muita veemência a bandeira da escola técnica profissionalizante, de dar oportunidade pro cidadão, pro jovem, pro trabalhador, para poder ter mais facilidade de entrar no mercado de trabalho. Essa foi uma batalha que eu tive alguns sucessos, mas não foi exatamente o que eu gostaria. Trouxe uma proposta interessante que é a da Escola Técnica Municipal, que inclusive existe em algumas cidades do Brasil como é o caso de Sete Lagoas. Eu fui conhecer pessoalmente essa escola e ela tem um conceito A pelo MEC, oferece mais de 30 cursos profissionalizantes e atende a demanda da cidade e da região. E essa seria uma alternativa para o nosso município. Como presidente da Câmara pude implementar diversos programas que mudaram de forma substancial aquela instituição, aproximando o povo daquele Poder. Mas sem dúvidas a obra do novo prédio do Legislativo foi a mais expressiva.

Como você avalia o atual governo de Parauapebas? Você se mantém como oposição?

O governo atual é um governo que empacou e que está parado. Ele não tem atendido de verdade o anseio da população, o governo que inverteu as prioridades, decidiu atender os compromissos dos financiadores de campanha, dos empresários em detrimento de uma grande maioria que é a população e com isso nós estamos sofrendo e pagando um preço muito alto. Você vê aí esses últimos quatro anos de governo, não se vê obras substanciais, não se vê um trabalho por parte do Executivo, do prefeito que possa ter a notoriedade que deveria ter, pela arrecadação que o município tem. Ano passado tivemos uma média de arrecadação de 65 milhões por mês e isso não foi traduzido em benefícios, não foi traduzido em obras e qualidade de vida para a população. Nossa cidade atrasou e está caminhado para o atraso. É essa a realidade, eu gostaria muito que esse governo tivesse dado certo, tivesse acontecendo de fato aquilo que o povo esperava que acontecesse, com isso seria bom pra mim, pro governo, pro povo.

Você se considera um nome forte para concorrer a Prefeitura de Parauapebas?

Sou oposição. O meu partido foi o único na história de Parauapebas que foi lá e entregou uma secretaria, entregou os espaços, entregou todas as nomeações que foram dadas pelo governo por acordo político. Nós fomos lá e entregamos porque não concordávamos com a forma que o município estava sendo administrado. Nós não concordávamos com o desmando por parte do governo e de alguns secretários, além da falta de compromisso com o povo. Então por isso o partido entregou e por diversas vezes já nos ofertaram esses espaços, mas em nenhum momento houve a possibilidade de retornar. Então vamos continuar fazendo oposição, apresentando para a população uma nova proposta, um novo projeto para que assim o povo tenha aí alternativas de escolha.

Quem será ou serão seus principais adversários nesse pleito?

Os partidos estão se mobilizando e articulando para apresentar os seus nomes. Aparece uma lista de cerca de 10 candidatos a prefeito e na verdade eu não tenho nenhuma preocupação. Esta é uma oportunidade para o povo escolher, comparando a pessoa do Adelson, a história, a família, enfim, comparar em todos os sentidos com os demais candidatos. Eu não estou preocupado com os meus adversários. Eu terei uma campanha extremamente diferenciada. Em algumas campanhas o dinheiro estará muito presente, a minha campanha não será assim. Pretendo fazer uma campanha pé no chão, olho no olho, caminhado pelas ruas e me comprometendo em ser o prefeito de Parauapebas e fazer as mudanças que a cidade precisa. Não vou comprar voto de ninguém, como nunca fiz. Não vou fazer aliança com o diabo, como fazem alguns políticos para poderem ganhar uma eleição, endividando por completo o nosso município e depois não poder governar. Essa realidade acontece em nosso município e no Brasil como um todo. O prefeito vai para candidatura e por trás ele tem os financiadores de campanha e esses financiadores têm uma ganância sem limites e vão querer tirar tudo e mais um pouco do município, o que sobrar fica para o povo. Essa figura do financiador eu não vou colocar na minha campanha. Vai ser uma campanha modesta, mas arrojada. Vamos ter disposição, otimismo para trabalhar, nos empenhar, caminhar nas ruas, nas praças, nas feiras e na zona rural de peito aberto, de cara limpa e nos comprometendo com o cidadão.

Um comentário:

Adão - Tucuruí disse...

Fé e força, Adelson é a melhor opção para Parauapebas por ser o mais bem preparado é só comparar!