Sobre a entrevista do Professor Manoel Dutra publicada na página da Unisinos e republicada aqui, o Professor Sena faz o seguinte comentário:
A entrevista a gente pode aproveitar sim muita coisa. Eu prefiro destacar pelo menos três:
1º - a divisão é um processo irreversível, seja a médio ou longo prazo - não pela pobreza, nem pela riqueza, inerente a todos não só ao Pará;
2º - o (des)governo que se implantou neste Estado alimentando tantos corruptos e corruptores que, diga-se, não é exclusividade do Pará;
3º - o abandono em que se encontram as regiões separatistas, isso é uma verdade.
A partir dessas premissas não entendi porque o entrevistado não mencionou a reformulação do modelo de gestão do Estado, que, a meu ver, essa sim é o grande gargalo do governo - a descentralização. Um Estado nas dimensões do Pará, adotar um governo tão centralizado é abandonar as regiões longínquas a sua própria sorte.
Se a bandidagem vai continuar, se a corrupção não dá sinais de recuo, se violência estará presente? Por que dividir, em vez de tornar um Estado administrável pela reformulação da estrutura governamental, pela união.
Fazendo uma metáfora com as palavras do Evangélho, quando Cristo alimentou uma multidão com poucos pães e peixes: Ele primeiro multiplicou, depois dividiu... Os divisionistas deveriam aprender esta lição, primeiro, penso eu, criar a infraestrutura de estado, depois, sim dividir.
Mas, ao que parece, todo mundo "está de olho é na butique dela", querendo mamar mais, porque com a divisão a sangria será vigorosa para os que estão no poder, enquanto o povo continuará sofrendo.
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