Estou imaginando que de 2008 a 2010 estarei trabalhando para fazer uma boa base de liderança do estado. Em 2014 eu vou disputar a vaga de Governo do Estado. (Darci Lermen alcaide de Parauapebas em entrevista ao Jornal Correio do Pará logo após as eleições de 2008).
-------------------------------------------
Veja a entrevista completa e tire as suas conclusões:
CORREIO DO PARÁ ENTREVISTA DARCI LERMEN
Na última quinta-feira (06), Darci recebeu a equipe do Correio do Pará em sua residência. Em entrevista, falou sobre sua campanha à reeleição nas Eleições 2008, além de citar as mudanças que haverá em seu novo governo, como a ampliação de projetos de inclusão social, educação, melhorias na saúde pública, obras de infra-estrutura e criação de novas secretarias.
Leia os principais trechos da entrevista.
CP – Qual sua visão em relação às eleições de 2008? Foi constatada alguma dificuldade? Onde?
Darci – “Desde o começo nós tínhamos a preocupação de convencer o eleitorado que iríamos ganhar a eleição. Da metade de nossa campanha para frente percebemos que a vitória estava ganha, pois a maioria das pessoas já tinha decidido por meio das pesquisas de IBOPE a nosso favor. No final, não fizemos mais nem caminhadas, fazíamos os comícios à noite, em que reuníamos ali cinco, dez, vinte mil pessoas e elas saíam convencidas. Fizemos caminhadas, mas curiosamente este ano os comícios foram o nosso ponto forte e foram decisivos pra essa eleição. Preparei-me muito bem para todos os comícios, todos que iam me ouvir, tinham que sair de lá, de onde estava, com a certeza que eu seria o melhor para Parauapebas. Você fazer essa mensagem entrar na mente do eleitor é difícil. A disputa entre os candidatos foi acirrada. Na primeira pesquisa nós estávamos na frente de disparada, é claro que eles ainda não haviam investido tanto até aquele momento, pois também tinham uma candidatura forte, sólida, base consolidada, que tem carisma, que tem um partido forte também. Não foi uma disputa qualquer, foi uma lição para gente grande, mas conseguimos fazer a diferença principalmente na comparação dos governos”.
CP – Durante as eleições ocorreram várias formas de se constatar e verificar a pontuação de votos para cada candidato. Entre elas, algumas pesquisas foram feitas pelo IBOPE. Houve boatos de que uma de suas campanhas era falsa. Em algum momento isso atrapalhou sua campanha?
Darci – “Acho que não, pois aquele que estava do nosso lado defendia a pesquisa. Acho que eles ganharam votos daquelas pessoas desinformadas ou indecisas. Muitas delas chegam diariamente, por isso, muitos votaram impulsionados pelo que ouviam, sem saber da realidade política do município. Não sabíamos de quanto iríamos ganhar as eleições, mas sabíamos que iríamos ganhar”.
CP – Quando o senhor percebeu que a vitória já estava decidida?
Darci - “Nossos comícios foram a base forte para minha campanha. Na metade de nossa campanha verifiquei que ela estava ganha”.
CP – Sobre o slogan da campanha, de que forma o senhor define “Parauapebas no rumo certo”?
Darci – “Nós temos uma visão clara do que nós queremos para a cidade. Nós queremos em suma, o desenvolvimento alicerçado nos três pilares para que ela possa se tornar sustentável. O primeiro é a questão econômica, os empreendimentos que estamos atraindo, segundo: respeitar o meio ambiente, e terceiro: gerar renda para o povo e atender as demandas sociais. “Parauapebas no rumo certo” quer dizer exatamente isso, o que nós pensamos, sonhamos e acreditamos é o que vai fazer essa cidade crescer e ir para um rumo certo. Tínhamos a preocupação em entregar Parauapebas ao grupo adversário, e a prova disso é de como recebemos a prefeitura, o hospital, as escolas. Eles tiveram muito tempo para fazer e não fizeram’.
CP – Quais as obras que você destaca de suma importância no seu governo anterior?
Darci – “O investimento na água, a drenagem de vários bairros, o que ajudou na diminuição de alagamentos, e o investimento na educação. Mas me orgulho principalmente com o trabalho de inclusão social que fizemos. Nós temos 27 programas importantes na saúde, na educação, na assistência social e que deram um retorno importante para nós, não só no ponto de vista da campanha, mas na construção da cidadania, elevando o potencial de que Parauapebas está progredindo e sendo um modelo de cidade. Para mim, o mais importante além das obras, são esses programas sociais que trabalham a inclusão social na área de educação, de esporte, reforço escolar, saúde. Em todas as áreas, fizemos trabalhos significativos”.
CP – Cite algumas das obras a serem realizadas durante esse governo.
Darci – “A orla eu vou fazer. Essa é a obra que eu escolhi. Temos também que resolver aquele problema do grande fluxo de carros na estrada que liga a ferrovia. Além dela haverá a triplicação da PA-275. A prefeitura será inaugurada em breve, já o hospital municipal possivelmente será no segundo”. semestre do próximo ano, mas desde já, foram feitas algumas reformas no atual e tenho certeza que o que será inaugurado atenderá a necessidade do povo de Parauapebas. Uma das vantagens desse governo é que todas as nossas contas e pendengas estarão pagas até a virada do ano.Minhas prioridades são 100% água, 100% asfalto, 100% drenagem, 100% saúde 100% e 0% em analfabetismo. Os três primeiros itens são focados para dentro do município, o quarto é para dentro e fora. Por que me preocupo com o analfabetismo? Em nosso governo atingimos o menor índice de analfabetismo em toda a Amazônia, mas queremos melhorar isso. Em meu terceiro ano de mandato, quero estar com um quadro muito melhor em educação. Eu já imagino a entrada de Parauapebas com um grande letreiro com os dizeres: “Parauapebas: território livre de analfabetismo”.
CP – A população de Parauapebas sofre com as constantes faltas de energia, além disso, ouve – se murmúrios de que um possível apagão pode ocorrer na cidade. Como está a relação prefeitura e Rede Celpa?
Darci – “Já conversamos com a Celpa, ela já está calibrando essa situação. O problema não está na produção e sim na distribuição, mas isso em breve será resolvido”.
CP – Sobre o tão sonhado e discutido aterro sanitário, como está o andamento desse projeto?
Darci – “Estamos com duas áreas engatilhadas. Nós fizemos o Termo de Ajuste de Conduta (TAC), esse é o termo que nós assinamos para fazermos o aterro sanitário. O lixão hoje é uma “ferida” muito grande da cidade. Mas vamos fazer um aterro verde, por isso leva mais tempo para ser executado, é um projeto diferente. No lugar onde se coloca lixo as pessoas farão pique – nique porque será tudo aterrado, gramado e plantadas árvores,será um verdadeiro bosque.
CP – Existe a possibilidade de ser instalado aeroporto em Parauapebas?
Darci – “Eu tive uma conversa com algumas pessoas, e nós estamos pleiteando a instalação de um aeroporto. Mas ainda está em estudo”.
CP – Após o término de sua gestão em Parauapebas, pensa em se candidatar em outras posições políticas?
Darci – “Para se ter um futuro bom, tem que se ter um presente bom. Tenho que fazer o melhor governo da história do Pará. Estou imaginando que de 2008 a 2010 estarei trabalhando para fazer uma boa base de liderança do estado. Em 2014 eu vou disputar a vaga de Governo do Estado.
CP – O senhor conta em seu currículo com uma carreira política vitoriosa e a população aprovou o seu governo. A que o senhor atribui essa confiança?
Darci – “A aprovação do governo é fruto do trabalho que é feito, pelo jeito de governar. Muitos dizem que estamos empenhados a construir grandes coisas no começo do governo, mas o que mais marcou o nosso governo foi a coragem de fazermos mudanças no cenário de Parauapebas. Acho que fiz muitas mudanças na hora certa. Orgulho-me muito que em meu governo não tem a marca da corrupção. Eu trabalho dia e noite para não deixar a corrupção tomar conta do nosso governo. Outra coisa que ajudou a melhorar a visão que tinha do governo é a não percepção. Eu tenho um ou dois dias por mês que seleciono para falar com a população, assim, sabem que o prefeito está na cidade, está com ela. Mas também não posso atender todos os dias, se não, não vou trabalhar. Essa minha proximidade com o povo é fundamental”.
CP – O senhor vê possibilidades dos candidatos que não conseguiram se eleger, ajudar de alguma forma em seu governo?
Darci - “Isso depende da disposição de cada um. É lógico e natural, que eu componho o governo com quem estava comigo. A princípio, se eu precisar e não encontrar alguém de dentro, vou procurar alguém de fora, mas eu acho que tenho gente o suficiente para compor esse governo”.
CP – Como será tratada a oposição na Câmara de Vereadores?
Darci – Com respeito é claro! Eu não vou ter problema com os que forem contra mim. Sou bom de diálogo, tenho certeza que vou respeitá – los como oposição, mas quero ser respeitado também. Acho que esse respeito vai ser mútuo, eles vão me ajudar na tomada de grandes decisões como na reforma administrativa, da qual estou me encaminhando, que para nós é uma coisa extremamente importante. Vamos transformar a prefeitura em um espaço a serviço da inclusão social, da distribuição de renda, do desenvolvimento sustentável e para isso tenho que contar com os vereadores, seja ele oposição ou não. Eu duvido que algum vereador vá de encontro a um bom projeto. Eu não quero uma câmara subserviente. Quero uma câmara séria que me ajude a construir a cidade”.
CP – O orçamento de 2009 já está pronto.Quais são as prioridades desse novo governo?
Darci – “Nos primeiros cinco meses quero voltar em todas as comunidades da cidade, em todos os bairros e decidir os planos dos quatro anos. Não vou trabalhar só com questão orçamentária. Nos primeiros cinco meses vou “freiar” as ações de governo para que possamos ir a todos os bairros e verificar quais são suas prioridades, depois levaremos para o planejamento e vamos voltar às comunidades e dizer o que pode e o que não pode ser feito”.
CP-Serão implantadas novas secretarias? Quais?
Darci – Eu estou montando um novo sistema de governo. Primeiro você vai ter um prefeito no topo (escrevendo um diagrama), depois o gabinete e Procuradoria e Ouvidoria, em seguida vai ter a secretaria de Planejamento e Gestão, logo após vêm as secretarias, que serão uma espécie de, meio mal comparado, de primeiro ministro. Secretaria de Planejamento e Gestão será quem vai decidir o que vai planejar, como, quando e onde pagar. Todas as secretarias terão o mesmo tamanho, poder e força. Nenhuma delas terá a porta fechada, não existirá mais essa de que a secretaria “tal” é do PT, elas estarão distribuídas entre técnicos de outros partidos. Terá abertura para que outros partidos possam participar das secretarias. As secretarias serão secretarias de governo, sem partidos específicos ou escolhidos, essa é uma exigência minha e não abro mão. Além disso, vamos acompanhar de perto todos os gastos delas. Terá uma Secretaria de Relações Institucionais, que servirá para fazer de forma focada a relação com a Câmara, Vale, Governo do Estado e Federal. Vou fazer uma secretaria de cinco a dez pessoas no máximo. Vai voltar a Secretaria de Urbanismo, e também será criada a Secretaria de Trânsito, Transporte e Mobilidade Urbana, dentro dela estará também o DMTT, e terão a tarefa de organizar o trânsito da cidade, além de verem de perto a questão do coletivo urbano. Para resolver um dos maiores problemas da cidade, não poderíamos deixar criar a Secretaria para Assuntos de Segurança Pública, que será uma secretaria enxuta com um mínimo de pessoas. Estou avaliando a possibilidade de criar a Secretaria de Esporte de Cultura, mas quero primeiro conversar com alguns parceiros. Vou montar uma equipe muito forte na Assessoria de Comunicação. As mudanças principais são essas, e vou diminuir o tamanho dos departamentos, o tamanho das secretarias, tendo menos pessoas e mais profissão, para que todas tenham poder igualitário.
CP – Quais suas expectativas para os quatros anos de governo que virão?
Darci
Nenhum comentário:
Postar um comentário